tag:blogger.com,1999:blog-1046236902026556368.post773023711012467938..comments2023-09-25T13:40:14.985+01:00Comments on THE ETERNAL SPECTATOR: Albúm de palavrasThe Eternal Spectatorhttp://www.blogger.com/profile/00321387098754660424noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-1046236902026556368.post-66369070181148622132007-07-04T02:17:00.000+01:002007-07-04T02:17:00.000+01:00Comigo, acontecesse-me atravessar dias e dias sem ...Comigo, acontecesse-me atravessar dias e dias sem pegar na caneta, mas todos os dias sinto a ansiedade e o chicote a pressionarem-me os anos verdes. Quando efectivamente escrevo, quando a realidade saturou-me de não escrever, escrevo bem enquanto me lembro do que é estar quase a perder as palavras; mas depois tudo quer sempre mudar. Chego a um ponto em que afinal já parece que conheço demasiado bem as palavras, e que elas parecem-me tão finitas que sinto que a única solução seria escrever infinitamente, sem nunca parar, para que nunca fosse preciso escolher um fim. A realidade cai-me aos pés desinteressante e de novo, ponho a caneta de lado durante dias. Contudo, este desespero não é mortífero porque tenho as palavras dos outros, e essas não sei como as posso deixar de ter, e portanto, penso às vezes que este ciclo não passa de método.<BR/> Em verdade, não afasto a caneta voluntariamente, e é isso que me faz igual ao escriba, que com ou sem tabuinha, está condenado a pensar infinitamente nas palavras.Raulhttps://www.blogger.com/profile/17644047869691950015noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1046236902026556368.post-83389545158583091412007-04-15T02:05:00.000+01:002007-04-15T02:05:00.000+01:00Nao sera a definiçao dum proprio impossivel pela p...Nao sera a definiçao dum proprio impossivel pela presença de multiplos traços de personalidades diferentes em potencial contradiçao? Todos temos mais duma vida por cada vivencia e mais duma opiniao sobre cada coisa. Uma sempre prevalece, é certo. Mas é nesse momento, nessa circunstancia. E seremos tao mais estaveis quanto melhor conseguirmos manter a opiniao, justificando e objectando outras.<BR/>Viver com mais duma personagem é, deveras, acolhedor, no entando, nada original. Ja o sr. Pessoa o fez, se deu conta, separou e organizou.<BR/>Somos entao a mistura das pessoas que vivem em nos. É isto que podemos tirar de tudo isto?Darkhttps://www.blogger.com/profile/11088404631828848002noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1046236902026556368.post-3780868771628068362007-04-12T10:01:00.000+01:002007-04-12T10:01:00.000+01:00Viva.Confesso que fiquei intrigado com partes do t...Viva.<BR/>Confesso que fiquei intrigado com partes do teu texto. Em primeiro lugar concordo com a cisão que fazes; um escritor (prefiro chamar assim, pois escriva é outra coisa: no meu entender, claro) vive inicialmente com essa angústia: por um lado o desejo de sair do solipsismo, de deixar o ego exprimir-se em forma de signos, mas por outro lado receia a critica, receia a voz exterior, receia que as suas crenças sejam abaladas (mais do que as suas crenças, os seus sentimentos). Mas nesta faze ele não é, ainda, escritor; um escritor, como alguém dizia, tem vergonha dos seus textos (terá sido Nietzsche?); mais tarde enfrentará o maior crítico de sempre: ele próprio! O uso das palavras correctas para descrever paisagens abstractas torna-se tarefa dificil. Mas isto é um outro problema; as palavras dão um sentido às coisas; mas darão o sentido total? Decerto que não...<BR/>Outro ponto interessante foi o facto de focares a homogeneidade de Bruce Dickinson. Seja nele ou noutro artista, é sempre bom saber/conhecer que alguém de quem somos fãs é homogéneo naquilo que faz e com a sua vida pessoal. À boa maneira dos tempos do "sex, drugs and rock'n'roll", em que havia uma autênticidade no que se vivia e no que se fazia por profissão. Eram tempos que excediam a própria profissão, pois esta e a vida confundiam-se. Hoje já não se nota tanto isso devido ao factor monetário; a autênticidade do ego submete-se às forças monetárias. Não só na arte se nota isto, mesmo na vida "normal" as pessoas esquecem-se delas: vão trabalhar, voltam para casa e trabalham mais (já um grande pensador português disse que nós não nascemos para trabalhar, nascemos para ser poetas); eu concordo que é pela arte que se desvela o "eu" e a "verdade" (à boa maneira de Heidegger); e para isso temos de ser autênticos, temos de "descer", de recuar ao Mito (ou até mais longe: ao Rito), encontrar o Ser e familiarizarmo-nos com ele. Por isso achei curioso referires essa homogeneidade na personalidade do B. Dickinson. Ele é um bom artista e... autentico.<BR/><BR/>Continua com o bom trabalho.<BR/>Estarei atento.<BR/><BR/>Victor Hugov i c t o r h u g ohttps://www.blogger.com/profile/14867218140320054272noreply@blogger.com