quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Tranquilidades

Por momentos sabe bem sentir que não estou em guerra com algo ou alguém, se bem que, em consciência, saiba que tal é uma impossibilidade estudada desde que, outros terão existido antes e virão a existir depois, Sun Tzu ditou à sua ou a mão de outrém os 13 capítulos de uma arte duvidosa.

Fiz o que tinha a fazer e disse o que tinha a dizer, tocando alguns, afastando outros mas, pelo menos, lutando como só os ingénuos o fazem por um direito que me assiste. Mas adiante... As boas novas são a de que alguma outra luta deu resultado e vou em companhia de muito boa gente tocar um Coliseu de Lisboa que tantas vezes me pareceu distante, apesar de tudo. Espero que corra muito bem, trabalha-se para isso. Aliás, nem sempre a equação trabalho àrduo-sucesso resulta mas pergunto, qual a opção. Adiante outra vez...

Vi coisas boas e passei bons momentos apesar do preenchimento do tempo, da cabeça e do corpo. Aliás já estava a falhar para convosco ao não vir aqui depositar palavras
e sentimentos e ao não moderar os vossos. Mea culpa. Mea desculpa.

Uma das coisas boas que vi foram os F.E.V.E.R. (isto dos pontinhos dá trabalho, mas toda a gente respeita, ao que parece!!!) no Music Box em Lisboa, não com tanta gente como mereceriam mas com fãs e pessoas cativadas de verdade. Sempre me fez impressão público-claque, apesar de compreender que amigos e familiares queiram (e devam?) apoiar mas isso cria uma sensação de falsa segurança às bandas e se sabe bem ao príncipio, não lhe fará muito bem quando tocarem sem essa rede. Mais vale a dureza neste caso. Os Urban Tales estariam bem à mesma (como aliás estiveram). Voltando à febre e aos pontinhos, conheço-os pessoalmente há muitos anos mas estive me borrifando para isso: vi foi uma banda, com um grande disco, um carisma crescente que me fez por o disco logo na manhã seguinte para ouvir. E se eles lerem isto um abraço de um amigo com o respeito de um convertido!!!

Também gostei e muito dos Paradise Lost em Corroios. Fora a falta da ar, de growl no Gothic e ao abuso das vozes pré-gravadas (backing vocals anyone?), foi um grande concerto livre dos telemóveis e pseudo fãs que povoaram o concerto dos Massive Attack (que conversavam, fumavam, telefonavam durante as canções negras, atmosféricas e dançantes da banda para quando a música acabava rebentarem numa ovação estrondosa!!!). O novo disco foi cantado em uníssono, o alinhamento poderoso, e a presença e som conseguidos. Nota negativa para a inexistência de um jogo de luzes. Com tantos concertos e bandas de prestígio nessa sala não se percebe a falta de investimento nesse capítulo. Mas grandes Paradise Lost, uma banda que deu volta a toda a maldade e incompreensão do Metal para sobreviver como poucos! Para mim grande exemplo à semelhança dos Napalm Death!!!

Por fim and for something completely different...esse epifenómeno Kalashinkov do meu também amigo de longa data Jel. O meu forte nunca foram bandas cujo humor fosse a sua imagem de marca. Pois bem aqui dou o braço a torcer. As canções são simples mas infeciosas, com toques de quem sabe o que faz, muito Kill em ALL, muito Exodus, grandes hooks e eficiência militar. Diversão pura mas séria, se me faço entender. Dão por vós a gritar com eles, por eles, e olhem é muito bom ser levado na onda por gajos assim. Têm valor e vão dar muito que falar!!!

E tudo isto me deixa cansado mas tranquilo, pelo menos hoje. Amanhã, novo dia, novas inquietações. E cá estarei, eventualmente, para as registar. Morfeu chama, Orfeu espera.

6 comentários:

andré henriques | Ah!photo disse...

O bulício do quotidiano tem destas coisas. Quando se volta para escrever, já mil coisas foram vividas.
Espero que a sessão de autógrafos em Aveiro tenha corrido bem. Infelizmente tive de me deslocar ao berço do nosso país nesse dia e não pude estar presente para te oferecer a tua foto que tinha na exposição do Mercado Negro. Ficará para a próxima oportunidade.

Anônimo disse...

Boas caro fernando!!
Eu fui um dos tipos que já comprou o cd dos F.E.V.E.R. e devo confessar que gostei.

Achei que as músicas têm uma ambiência "noire", um tanto ou quanto industriais, não no sentido do metal, mas naquela visão de mundo mecânico, à beira de uma catástrofe. Noto também um pouco de influência de Nne Inch Nails...

mas bom...muito bom!! Quanto a paradise, e apesar do que muito críticos dizem, acho que este último álbum soube retomar o rumo da banda!

Epá vou voltar a insistir: para quando o DVD dos Moonspell???

Abraços
Pedro Junceiro

Unknown disse...

Descanso do guerreiro (GUERREIROS!!)
Sabe bem encontrar alguma paz e tranquilidade, especialmente depois de se dizer com toda a propriedade : Missão Cumprida!!!
Quem ficou, sempre esteve contigo (convosco), quem se afastou nunca esteve nem perto !!
Os bilhetes para o Coliseu, comprei-os hoje! A expectativa é muita, a pressa de ver os dias passarem, maior ainda!!!
Até lá... always under the spell

Joaquim Esteves disse...

greetings!
com uma vida tao agitada como essa,creio que ate um semi/deus de uma religiao perdida algures no tempo, se sentiria fatigado!
mas e cansaco com sabor doce, visto que foste ver grandes bandas!
nao sei mais o que comentar...nao conheco os F.E.V.E.R., ainda nao ouvi o ultimo de PL, however, Kalashnikov domina e estou a tentar criar uma pequena legiao de fans, em solo escandinavo!assim como Moonspell(ha pessoas aqui k pensam k os Moonspell sao finalndeses!=|)

Eu tambem fui ver um concerto...The Great Ones...eh engracado...quem quiser:
http://www.myspace.com/realonesmusic

best regards!

Klatuu o embuçado disse...

Sabes, desde que de há uns dez anos para cá comecei a ouvir bandas de metal a cantar uma merda que parece rap (deve de haver designativo para a coisa - mas nem quero saber) e o velho death rock transformado em «gótico de photolog de adolescente»... já só me apetece ouvir Wagner, Schubert e Mozart... :)

Abraço, Fernando.

Anônimo disse...

perdoem-me as palavras rápidas:
F.E.V.E.R. - o ke ouvi do ultimo album cativou-me bastante.

Paradise Lost - prometo que vou cumprir a obrigação de explorar a obra destes senhores pois inda não sou grande conhecedor.

NIN - kd me apetece algo...bom..diferente digamos!

KALASHNIKOV - é bem verdade, uma banda baseada no humor mas que compos um album na brincadeira que nem muitos o fariam se fosse a sério! Resta saber se a polémica que levantam não lhes fará mal!