quinta-feira, 20 de março de 2008

Back from the Dead

Belo título de Death Metal onde os videos ainda se filmavam em celeiros e o protagonista principal era a técnica de duplo bombo do baterista. Vide Cancer (Death Shall Rise). Também se aplica a mim, pese embora, o meu "problema" seja vida de trabalho a mais. Alguns adivinharam o "problema": o novo disco e todas as outras coisinhas, coisadas e sérios projectos em wue me meto.

Um deles e em primeira mão vos digo é um livro sobre os próprios Moonspell que se tudo corer bem sairá em Outibro tal como o DVD. Ops! Moonspell a mais talvez.

Estive na Grécia, em Itália, na Sérvia, no Barreiro, em Lisboa... e sempre sem tempo para aqui vir arrumar a casa e cumprimentar a família. Espero que me perdoem.Talvez o façam se lerem o próximo artigo na Loud! Servirá como um read me para a azáfama do desabafo.

Pegando nas pontas que deixei soltas: a conferência na Restart correu bem embora me pareça que aconteceu noutro século agora. Senti, como sempre, que estava ali um pouco a correr por fora, já que, na verdade, os convidados e convivas são (quase) sempre os mesmos mas, e como tenho hábito, virei do avesso a minha condição de black horse e registo aqui com agrado que muitas das dicas e pistas para debate partiram de intervenções minhas. Sem espinhas, quem lá esteve ou viu pode comprovar.

Antes de publicar aqui o texto que me serviu de orientação (parte dela, pelo menos) deixo algumas notas à Spectator:

1- Houve um tom consensualmente romântico que me agradou e que retirei do ínicio da minha intervenção para não repisar. Havia por lá, e ainda bem!, muitos maluquinhos da música e do vinil ou do myspace, que me pareceram irao garantir a continuidade desta através do gosto e isso foi talvez a verificação mais importante que lá fiz.

2- Os reversos que aponto são mais do mesmo: -denoto sempre uma tendência para particularização própria do discurso. Obviamente temos de falar da nossa experiência, é para isso que lá estamos. Mas fazê-lo de forma quase moralista e vinculativa é negativo e fecha as portas à comunicação logo aprendizagem. Notei isso por exemplo em muitas intervenções do público e de pelo menos do produtor/netlabel do qual, confesso, me esqueci do nome... Depois também notei pouca vontade de aprender e mais de falar seguindo a mesma via, o que leva a um absurdo que é não aproveitar a experiência e a dica passada em directo ou na entrelinha. Parecia que se luva muito para garantir pedacinhos de terreno e a big picture ficava sem moldura possível.

3- Por fim, aparecem sempre, perdoem-me a expressão, não é melhor nem a sequer utilizar, mas aparecem sempre espécimes, matrizes de opinião e existência, que me confundem um pouco. Houve o aluno acusador que disse merda em voz alta e apontou o dedo aos músicos que faze anúncios etc. (pobre músico do qual já não compram os discos mas que também lhe retiram formas legítimas de utilizar a sua música, queria ver se fosse noutra profissão, 50.000 na Avenida?), o académico que comparou a crise da indústria à passagem da música escrita e comercializada em pauta para música gravada no fonógrafo (cilindro de cera primeiro, talvez?) e consequente democratização, problemas, etc. como se nessa altura o negócio se pudesse comparar e sequer se falasse e direitos ou contrafacções. (toda a gente foi de carro ou de metro à conferência, ninguém de carroça espero eu...) entre outras curiosidades.

Mas valeu ou espero que tenha valido a pena. Venham mais com outras personagens,sem referências ao Sam the Kid (Rui Miguel Abreu não resistiu a me dar uma farpa, mas eu não tive tempo para lhe responder, mas já agora eu não iria a um programa de hip hop mandar bocas ao Sam, ele precisa mais do meu conselho do que das minhas farpas- e já agora o programa de Metal quase não existe, relegado para um Domingo, não se fale de barriga cheia, senhores tolerados mas intolerantes....). Aqui fica o texto, leiam e depois leiam a sugestão final:

"Elaboro este texto sem me deter muito, para já, nos tópicos referenciais desta conferência. Afinal não se debate o futuro da música mas sim dos agentes que a orbitam, a indústria, o mercado, o público, os criadores, dos seus direitos. Queria então falar-vos da perspectiva de um músico:

Enquanto o elemento que está no principio e no fim da cadeia sinto que estou no meio de um fogo cruzado, de uma guerra de vingança entre quem compra e quem vende, entre quem consome ou retira ilegalmente da net, e quem distribui, investe e proporciona conteúdos e como tal procura defender a sua propriedade. Ao músico cabe criar a obra e equilibrá-la num exercício muitas vezes arriscado e frustrante, capaz de levar ao mais profundo desencanto. A situação que vivemos hoje é explicada pura e simplesmente por um abuso de poder, um esquecimento do participar em favor do mandar, que transitou, pela rede e sem espinhas, direitinho das editoras para o público. Este decide se compra ou não o disco sendo que essa decisão não afecta a posse do mesmo. Mais poder que isto é impossível. E o poder estar de um só lado, principalmente, quando não é o nosso é mau, muito mau. A esse poder junta-se uma óbvia sensação de impunidade, criam-se situações como o auto-proclamado maior fã da banda não ter sequer um disco original dos mesmos. Perde-se o contacto com o processo da obra, um pouco como o miúdo que vê os bifes de peru num supermercado mas que não sabe que existem perus a passearem inocentes antes do matadouro.

Houve, no entanto, consequências positivas, algumas bizarrias e uns acontecimentos imprevisíveis. Surgiram fenómenos na net, bandas que dispensaram a edição dita tradicional, um reacender do gosto pela música e uma comunicação da mesma sem limites económicos ou geográficos, um ressurgimento do vinil enquanto formato procurado, netlabels, netartists, netenganos, um maior esclarecimento dos artistas e pela primeira vez um chão sólido para tomarem posição perante as suas editoras e verem muitos dos direitos alienados pela white slavery dos contratos que se arrastou até aos anos 90 serem repostos. Mas e apesar de esta ser a face visível e sorridente da democratização absoluta da música não podemos deixar de considerar a nuvem negra que paira sobre todas as nossas cabeças mesmo as daqueles que a tentam ignorar: a proliferação dos fóruns de opinião que cedo se tornaram poços do mais vicioso julgamento e disputa pessoal, houve um cerrar de posições e mentalidades inesperado face a esta abertura, a música tornou-se matriz e cópia, cópia, cópia, privilegiou-se a habilidade em relação à criatividade, as bandas de média dimensão (as quais compõem maioritariamente a cena musical) sob contrato com editoras viram as suas vendas descer dramaticamente, estipulou-se a compensação do merchandise e venda de bilhetes como verdade absoluta em termos de compensação pelos downloads ilegais, o que tem mesmo muito que se lhe diga, criou-se o efeito lars ulrich que leva a quem ilegalmente retire ficheiros não queira por isso responder preferindo diabolizar quem exerce um direito (tão discutível pelo menos como desrespeitar direitos de autor), entre outras coisas.

Tento uma conclusão pela linha dura da educação. Só ela pode salvar uma relação equilibrada entre todos aqueles que pertencem à comunicação da música criada. Mas por muito dura que seja a realidade, acho que não há que ter dúvidas e dizê-lo, as soluções pela educação são utopias. O ditado chinês de ensinar a pescar em vez de dar peixe um aforismo pelo qual a geração mais nova e também a mais velha não nutre interesse algum. A sensibilização é muitas vezes alvo de chacota simples, afinal quem paga por algo que pode ter de borla? Por isso a música hoje divide-se como as sociedades em que o fosso entre os ricos e os pobres bem como a animosidade entre classes aumenta. Eu respondo pelo romantismo como solução, o alargamento dos nichos, a invenção de novos serviços (ex. agência de viagens/editora), as editoras usarem o seu know how para prestarem serviços, a divisão em pequenos núcleos de serviços como agências de promoção, consultoria de publishing, contratos, e um sem número de imperceptíveis divisões e criações que irão fazer toda a diferença pela sua atitude clara, positiva mas crítica e denunciante do jogo infeliz entre o público farto de ser explorado durante anos que se vinga sem medir as consequências, o desespero que tolha as mentes das editoras que querem entrar em merchandise e conexos mas que não começam por eliminar a despesa supérflua que muitas vezes lhes mina as finanças, os jornalistas que idolatram tudo o que roube o domínio das editoras mas que não deixam de exigir o disquinho produto final à borla ou a viagem de avião e hotel melhor que o da banda para cobrirem um concerto.

São estas miudezas que nos prejudicam a todos, que nos levam a uma guerra que ainda agora começou mas que teve pelo menos o condão de levantar problemas. O mundo da música divide-se agora entre quem julga, descarrega, persegue, comenta todo poderoso da cadeira do quarto ou do escritório; e quem vai para a estrada, ou para o computador, ou para a rua arranjar soluções para que o sonho funcione como naquela canção do Phil Collins “against all odds.”

Obrigado"

Outra coisa e para o blog não se tornar um morto-vivo convido a que me enviem textos que se enquadrem no espirito e letra do mesmo. Eles serão vistos e muito possivelmente publicados, tipo elenco duplo, conhecem o termo?

Até breve, assim sendo...


slowly injecting the fluid of life, bringing the corpse...

19 comentários:

By myself disse...

Pequena correcção antes mais:
entre as cidades que referiste e que te ocuparam o tempo de ausência, esqueceste o Porto (feito!).

Relativamente ao texto, coloco-te uma questão:
- O que achas da iniciativa de algumas bandas (como os Blasted Mechanism) de fazerem os concertos de lançamento de cada novo álbum, cujo bilhete inclui o direito ao respectivo álbum?
Em termos promocionais, não me restam dúvidas de que funciona. Quanto a vantagens/desvantagens, gostava de ler a tua opinião.

E esse Sam the Kid é quem? :)

Beijo da tua fã "mais velha" :)

Anônimo disse...

eu não tenho o teu jeitinho para fazer textos bons que mereçam ser publicados aqui, mas fico-me pelo espírito de "fã" e vou dando o meu apoio a ti e a tua banda.
um livro dos moonspell? que noticia maravilhosa!! moonspell a mais? acho que não. há coisas sobre vocês que não sei e posso ficar a conhecer mais a ler um livro (desde que os factos sejam correctos claro!).
o dvd? muito esperado. espero que tenham colocado uma secção de "bloopers", no sentido que deve ser engraçado ver vocês no dia-a-dia e sem querer, cometerem enganos ou brincadeiras ou tudo mais. porque vocês são seres humanos. óbvio. =D
todos os dvds de bandas que eu gosto têm todas partes com bloopers e eu adoro, não é aquela curiosidade mórbida feminina de querer saber tudo, é ver uma perspectiva diferente, divertida, não séria de uma banda.

sobre o teu post da conferência, já sabes que muitos de nós não querem aprender, não querem ouvir. o porquê é que não sei, mas eu própria lido constantemente com pessoas que recusam-se a ouvir seja o que for porque já tem ideias pré-concebidas das coisas. claro que temos de respeitar a opinião de cada um, mas acho importante, de qualquer forma, passar a nossa palavra e pelo menos, ensinar. e depois o negativismo e moralidade do discurso, não sei se será algo esperado, mas não tem de ser aceite claro. mas cada um por si, consoante a sua experiência. não sei me faço entender.
não estou na industria da musica (quem me dera, com a idade que tenho, já estar a fazer algo da vida...!) mas pelo menos tenho a minha opinião sobre aquilo que vejo no mundo da musica e claro que é uma opinião inocente, um pouco tapada da realidade, mas eu pelo menos estou sempre disposta a aprender e a ouvir e a querer saber mais... pena que esses que te confrontaram com moralismos e negativismos e ferroadas não o souberam fazer.

enfim, é a vida!

beijinhos =D***

Anônimo disse...

Supostamente, e de acordo com a ética impressa no código deontológico, um jornalista não pode exercer funções se estiver ligado a uma empresa ou meio publicitário (sobretudo quando compreenddo na mesma área sobre a qual escreve). É curioso que um "jornalista" pertencente a esta espécie seja considerado em qualquer tipo de debate sobre música, já que está envolvido em simultâneo, numa editora discográfica. Cantar em português é bonito, mas onde fica ética Sam, cachopo? Rui?!... Eu julgo que deveria ser denunciada em todas as línguas.

Mandrágora disse...

Infelizmente são os músicos que dão a cara enquanto as editoras se deliciam nos bastidores com as controvérsias, porque até elas trazem publicidade, seja ela positiva ou negativa...Quantas vezes nao me deparei no meu trabalho com pessoas que reclamam dos músicos e da empresa que represento,consideram que nós, isto é,músicos e lojas onde podem adquirir o produto final, é que estipulamos o que quer que seja,preços,edições,whatever...Há uma desinformação crescente e este tipo de conferências deviam ser uma mais valia para a melhor compreensão do que está à nossa volta no que toca à cena musical,e como bem disseste ha sempre um especimen que gosta de "mijar contra o vento", de ouvir a própria voz, lido com alguns, o ponto de partida é lançar a questão e se uma questão é colocada ha uma discussão saudável sobre o assunto, não um monólogo tipo "eu é que sei", perde-se o diálogo de imediato...
Posso dizer que não percebo nada de música,não percebo na medida em que todos os dias lido com ela e cada vez me apercebo que ainda ha muito para aprender e descobrir e absorvo tudo o que posso e acredito que se uns quantos funcionassem assim, mesmo os músicos como o rui nao sei quantos, as coisas funcionavam de outra forma...
Voltando às editoras,talvez por lidar um pouco com isso, acredito que sejam elas que tenham alguma culpa mas não generalizo, ha editoras e editoras...
O fenómeno myspace deu espaço a algumas bandas para sairem das sombras,mas até aí por vezes a mensagem falha,porque raio me pedem coisas que não estão editadas?eu compreendo e até é bom sinal, sinal que afinal a música é procurada e comercialmente é bom para as bandas,mas o myspace também é um espaço de troca de ideias,ha a possibilidade de entrar em contacto com as bandas, o facto é que as pessoas não querem saber, e isto vai ao encontro do que disseste sobre o aforismo chinês, o myspace deu espaço para a "pesca" mas o comodismo e os torcicolos mentais não permitem que muito boa gente compreenda o benefício.
Esperemos que as coisas mudem para melhor, e que haja mais informação musical, principalmente no que toca ao metal, é tudo sempre bem vindo!
Keep on the good work, as pessoas que gostam do vosso som agradecem!
Take care*

RJ disse...

Os downloads vieram banalizar o acesso à música por parte das pessoas. Hoje não há nenhum miúdo que não tenha os seus Gigas de música no computador e o seu leitor de mp3. E gostaria de saber se efectivamente ouvem tudo o que sacam da Net.

Para quem cresceu nos anos 80- inícios de 90 ter um álbum em cd ou vinil era quase um luxo. A música encontrava-se nos três formatos "clássicos": cd, cassete ou vinil. Mas temos agora uma geração para quem a música é uma coisa "abstracta", disponível com um simples toque de rato. E pior do que isso é o facto desta geração considerar um álbum de música como uma coisa gratuita.
O facto de se ter um cd-cópia ou uns mp3 de uma banda que gostemos menos ou que nem conheçamos é meio caminho andado para nem os ouvirmos (comigo e com algumas pessoas que conheço é assim). Digamos que não nos sentimos obrigados a ouvi-los. Perde a piada toda...

Compreendo que nem toda a gente tenha dinheiro para comprar música e prefira sacar da net, mas quem efectivamente gosta da Banda X é capaz de poupar uns trocos para comprar o respectivo disco. Nada serve de desculpa.

No meio da cadeia toda parece-me que o músico é quem foi sempre mais prejudicado. A nível de honorários na era pré-downloads e como o elo mais fraco da cadeia (o primeiro a cair, em teoria, no caso de haver prejuízo), depois disso.

Ao estilo dos Radiohead, já se imaginam muitas bandas num formato "freelancer", eliminando os intermediários, criando e dominando a sua própria marca. A net, o myspace e o You tube substituirão as máquinas afectas à indústria musical, com as vertentes de distribuição e promoção?
Não esqueçamos que o investimento se reduzirá às despesas de produção do álbum, sendo que o resto se resumirá aos gastos de manutenção de um domínio na net (a edição em cd/vinil seria muito restrita, teoricamente num formato ao estilo “edição de autor”). O mais difícil de tudo seria ganhar nome e fazer contactos para as digressões e festivais.

Imagino que outra coisa a discutir será a viabilidade da independência de um artista nestas condições. Os Radiohead têm sucesso devido à sua reputação/fama e ao facto de serem a primeira banda mainstream a disponibilizar o álbum (quase) de graça, factor que publicitou muito a coisa. Nos próximos anos veremos se esta situação se manterá ou se foi apenas fruto da sua mediatização momentânea.

Anônimo disse...

hi i m an italian fan.
i come to portugal once a year and i don t know very well the querelle about downloading music etc but i think is the same all over the world...:)
also in italy metal is demonized.considering the vaticano s location it s also worst...
eu acho que nunca serà moonspell a mais...um livro e mais um dvd?muito muito bein...nao vamos escacer o night eternal...!!!
algum sabe dizer me alguma coisa sobre o street team?na italia nada?
desculpa para o meu portugues...
obrigado fernando para tudo!

lakecoventina disse...

Oba...livro e dvd dos Moonspell,quanto mais melhor!Adorei a musica nova Night Eternal!Eu tenho uma fita ao vivo em Portugal(95) teve um custo alto,a imagem e o audio não são satisfatorio,mas ainda sim eu apreciei!
uh...black horse,pois é, nem sempre é o vilão que vem montado num cavalo negro.
Obrigada por disponibilizar parte do evento aqui.Voçe fez bem a sua parte,faço minha as suas palavras.Essa coisa de fazer download p/ mim é coprofagia(não a musica e sim o modo como é adquirido)."Tá ligado" acho essa atitude "mo" falta de amor,respeito,gratidão e é maldade também.A musica é muito importante,reflete no que eu sou,faço,eu tenho muito agradecimentos aos musicos por ter tornado momentos amargo mais doce,vários momentos,como por ex.anos atrás minha mãe adoeceu tragicamente de cancer,ela me pedia p/ouvir Wolfheart(Trebaruna era a preferida dela)entre outros...acredito eu que servia de cura momentanea.E esse é um dos vários motivos que me fazem amar voçes!!!
Legal da sua parte publicar aqui textos que não sejam seu.Mas eu não tenho talento p/ isso.Espero que isso não lhe cause problemas,é uma responsabilidade a mais p/ ti.

obscured by the birth of the nocturnal majesty.
the corpse veiled by sorrow and tears of blood.
smell of past, lips of desire. whispering dark love words. And shines the light of hope.
illuminated by the rebirth of sunrise. (Forgive me my words, but it was what I felt when I read your words)

slowly injecting the fluid of life, bringing the corpse...
Beijos

Endovelico disse...

Bem vindo de volta, uma vez mais! foram bem previsiveis os motivos da tua ausencia! com tanto trabalho, e normal que alguma coisa tenha que ficar para tras! como diz o conhecimento popular portugues: "quando se toca muito burro, algum deles ira ficar para tras!"

Gostei de ler as palavras que usaste na conferencia! A serio, a tua perspectiva e bastante esclarecedora!
No entanto, isto tudo, nada mais e que um processo evolutivo! Imagine-se como se sentiram os musicos quando os primeiros cilindros musicais(eu nao sei muito bem,mas creio que foram os primeiros registos de musica feitos...) foram criados? A primeira ideia foi que as pessoas deixariam de ir ver concertos! O mesmo se passou com o teatro e o cinema, a pintura e a fotografia, etc, cada um inserido na sua realidade.
E como Darwin previu, durante um processo evolutivo, so os mais fortes e adaptados e que sobrevivem! O mesmo acontece com ideias, crencas, valores, etc. Entre estes "seres evolutivos", encontramos a musica e a industria musical!
Toda a gente tem que trabalhar em conjunto, sejam eles musicos, editores, jornalistas, fãs, o publico em geral e por ai fora...
Criar novas estrategias para criar lucro(sim, porque toda esta confusao resume-se a isso: lucro!), de fidelizar clientes(mais chamados de fãs). O entretenimento nao e nada mais que um outro mercado, onde ha muito para oferecer, mas que nao pode estagnar! Ha que fazer brainstormings, ver as dificuldades e analizar a situacao em que uma banda/editora se encontra, para dai dar passos em frente e criar empatias com os "clientes". O exemplo dos Raiohead, analizado neste blog, eh um exemplo claro disso! E a semelhanca deles, tem que se tomar caminhos alternativos.
Ha tambem que ver que com a quantidade de bandas que ha dentro do espectro metaleiro, as vendas caiam! Ha quase tantas bandas como pessoas a ouvir! que tocam para nichos de pessoas, que compreendem 1000 fãs a nivel global. Pode parecer pouco, mas no total, estes pequenos nichos sao os que mais danificam as bandas de tamanho "medio". (em vez de comprar um cd de Moonspell, compram um d uma banda qualquer do Quirguistao, porque se identificam ainda mais com essa banda).
Fica uma sugestao: Pessoal, por essas cabecas a funcionar e por maos a obras, porque se ninguem se mexe, ficamos todos no mesmo!

Peco desculpa pelo tamanho do texto, mas tive um ataque de inspiracao!=P

Cumprimentos do reino do Norte!

P.S. - Desculpem o paleio assim um bocado a fugir ao "materialista",mas a minha area de estudo lida com problemas do genero assim...

castus disse...

Viva! É só para dizer que o blog é muito bom. Continua. Um abraço

Anônimo disse...

Basicamente estas coisas acontecem porque a industria da musica é como outra industria qualquer, ou explora os musicos atraves das editoras ou explora os ouvintes, em portugal pais conservador por excelencia e onde as aparencias contam tudo, como em todo o lado existem as ditas "novelas" e na industria musical nao podia ser diferente, eu pessoalmente nao sou fan de moonspell, nem sequer de metal gotico ou qualquer outro tipo de musica emocional, antes prefiro apoiar bandas pequenas de grindcore, de punk de crust que nao se vendem as grandes editoras e que continuam a mandar a sua mensagem ca para fora indiferentes ha geraçao "headbangers ball" que sao as britney spears e os 50 cent da musica pesada.
Sad to see how values mean nothing.

Anônimo disse...

... Não acreswcento nada à discussão era (e é) só uma dúvida que tenho. na tour em Dezembro em que participaram moonspell, cradle of filth, gorgoroth e spetic flesh. Dado que os gorgoroth se separaram e estão a lutar pelo nome da banda, qual a formaçao de gorgoroth que vai ser? a com o infernus que segundo li já está a preparar um novo cd na mesma editora. ou com os outros dois membros?
Continua assim Fernando, admiro-te. Viva os moonspell.
E já agora, dia 25 de julho Vê bem o concerto de opeth por mim ok? (não te posso pedir para apreciares o teu)

Lobo Negro Metaleiro disse...

ola!!

era so mesmo pra dizer q ta aki outro fã! continuem o bom trabalho! xD

Lord of Erewhon disse...

Ainda não consegui perceber quem é esse gajo...? É família do Kid Abelha?? Da Abelha Maia???

Abraço!
P. S. Depois vê se gostas do trabalho do Ferreiro Cósmico... ;)

Lux Maxima!



(Da Maia?!)

Lord of Erewhon disse...

P. P. S. Não ofereçam CDs... ofereçam adagas...

middle finger disse...

Boas,
vim aqui deixar um comentário apenas para dizer que sou teu leitor assiduo tanto aqui como na Loud! apesar de não comentar o blog, o que irei fazer a partir de hoje, pois acho que todos devem ter uma parte activa e deixar a sua opinião.
Desta vez apenas te quero felicitar pessoalmente por duas coisas: 1º Pela enorme paciência que tens, e passo a explicar. Tive um dia caricato no sábado passado em que me foram gentilmente doados bilhetes para o concerto de 30 seconds to mars no pavilhão atlântico. Cheguei em cima da hora, vi o concerto com meia sandes na mão e um copázio de Cola na mão (que eu sou um gajo responsável que não bebe quando conduz) e quando saio qual é o meu espanto em ver o grande Fernando Ribeiro. Aproximei-me com medo de que ele reagisse mal por eu o estar a incomodar e pedi-lhe para tirar uma foto, á qual concordou com a maior das humildades. Desde já te felicito pois vi que tiravas fotos ou davas autógrafos de minuto a minuto (é preciso paciência). Valeu a pena ir ver 30stm. És grande e demonstras humildade. Em 2º lugar quero te felicitar por seja qual for a circunstancia quando se fala de Moonspell toda a gente respeita a banda, nunca ouvi ninguem dizer mal de Moonspell ao pé de mim, sempre que vou a um festival em que moonspell estejam presentes há sempre respeito pelo historial da banda e ninguem diz: "Epá não me apetece ver estes gajos", toda a gente vai e curte á brava. E isso é um estatuto que não se ganha de um dia para o outro, é com trabalho. Os meus parabéns. E lês isto vindo de um gajo que gosta de ouvir uns sons de Moonspell mas não posso dizer que seja um fã. Gostei de vos ver ao vivo no Rock in Rio (apesar de ser de dia, não havia melhor banda para aquecer antes dos grandes Sepultura) e em outros tantos festivais que vos vou encontrando com orgulho pela grande banda portuguesa que são.

Os meus parabéns por serem quem são!
Keep on Rockin'

Bruno Ribeiro

Anônimo disse...

e so para dizer que repeito muitos as tuas opinioes, e que, apesar d nao compartilhar d mesm ponto de vista em relação a muitas tematicas, leio sempre o blog, para poder construir melhor uma opiniao.
Parabens pelo bom trabalho. Vemo-nos no RiR

Anônimo disse...

Fernando, antes de mais quero dar os parabens aos Moonspell pelo novo trabalho 'Night Eternal'. Exploro os albuns musica a musica e desta vez ando concertrada na ultima cançao do cd - 'First Light'.
Enfim sem rodeios, nunca fui de Moonspell mas comecei a prestar atençao aos teus artigona Loud! e sinceramente adoro reflectir sobre as tuas palavras. Comecei a descobrir-vos e ora nada mais nada menos que punha o Under Satanae bem alto lá em casa, que vicio! Agora quero bastante ver-vos no Rock In Rio, aliás, vou lá pelos Moonspell e Apocalyptica, banda essa que nunca pensei marcar presença em Portugal. Nao por Metallica, aquilo a que chama vasta degradação visto que os vi no SBSR do ano passado. Tambem nao por Machine Head, para mim um easy metal com apenas tres ou quatro faixas boas.
Escrevo para te fazer uma pergunta devido ao que tenho vindo a ler. Em alguns sites vi que têm um alinhamento de 5 a 6 musicas para tocar no Rock In Rio, como é? Ora bolas, se vou lá por voces e pelos Apocalytica, sao 5/6 musicas que vou ver? Responde-me se poderes porque realmente 53€ é dinheiro, visto que ainda sou menor, logo nem sequer ganho dinheiro pois limito-me a estudar. Marcarei presença. pois ate ja o bilhete comprei visto que falta menos de uma semana. Se nao me responderes, irei entao aguardar com esperança de ouvir temas e mais temas vossos. Estou à descoberta de Moonspell, do que me orgulho!
Cumprimentos Fernando. E para todos os seguidores claro, abraço.



barbarap@hotmail.com - resposta. ou entao por aqui no site, refere apenas se é mini concerto ou podemos esperar um concerto de maior duraçao!

Lord of Erewhon disse...

Os Apocalyptica já estiveram em Portugal, no 3º Super Rock, um ano só após a formação da banda; foi um concerto memorável, que vi sentadinho no pavilhão da Marlboro; mas só se lembra disso quem é vampiro... :)

O Cartaz foi muito porreiro nesse ano:

1997 - Super Bock Super Rock
Passeio Marítimo de Algés

4 de Julho

Simple Minds
Rage Against the Machine
311
L7
Subcircus
Zen

5 de Julho

Apocalyptica
Echo And The Bunnymen
Skank
Ani DiFranco
Ramp
Blasted Mechanism

RJ disse...

Após esse SBSR voltaram cá a Portugal, na queima das fitas de Coimbra em 1999.